Abstract
Introduction: Breast cancer (BC) is the most common cancer among Portuguese women and it is associated with high hospitalization rates. Therefore, this study aims to characterize the BC hospital admission rate (HAR) in women in the period of 2002–2016, with an additional focus on spatiotemporal patterns of hospitalizations by BC (main code). Methods: After a descriptive analysis of all BC hospitalizations, the main BC code HAR was studied using mapping techniques, analysis of spatiotemporal clusters, and analysis of spatial variations in temporal trends. Results: The BC-HAR was 118.72/105 women, showing a growth of 3.109% per year in this period. The median length of stay (LOS) in these patients was 5 days, and most cases were programmed surgical admissions. Several spatiotemporal clusters and spatial variations in temporal trends were detected. The seaside area of the country showed 4 high HAR clusters in the spatiotemporal analysis. Additionally, the seaside north of the country and 2 isolated counties presented significantly different temporal trends in BC-HAR versus the rest of the country. These clusters suggest regional asymmetries, as they showed differences in terms of: demographic characteristics (age at admission and rurality of county of residence), the type of admission, LOS, and outcomes of hospitalization. Conclusion: This study identified key areas of high BC-HAR and increasing trends for female HAR, providing evidence of spatial heterogeneities in this health indicator.
Resumo
Introdução: O cancro da mama é a neoplasia mais comum em mulheres Portuguesas e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. Como tal, este estudo pretende caracterizar as admissões hospitalares por cancro da mama feminino no período de 2002–2016, com foco adicional nos padrões espácio-temporais das hospitalizações por cancro da mama (código principal). Métodos: Após uma análise descritiva de todas as hospitalizações com código de cancro da mama, os internamentos com código principal para esta patologia foram estudados com recurso a técnicas de mapeamento, análise de clusters espácio-temporais e variações espaciais em tendências temporais. Resultados: A taxa de internamento hospitalar por cancro da mama foi 118.72/105 mulheres, mostrando um crescimento de 3.109%/ano neste período. A mediana do tempo de hospitalização nestas doentes foi 5 dias, e a maioria dos internamentos corresponderam a admissões cirúrgicas programadas. Vários clusters espácio-temporais e variações espaciais em tendências temporais foram detetados. A zona costeira do país apresentou 4 clusters com elevada taxa de internamento hospitalar na análise espácio-temporal. Adicionalmente, a zona norte costeira e 2 concelhos isolados exibiram tendências temporais significativamente diferentes das descritas no resto do país. Estes clusters sugerem assimetrias regionais, apresentando divergências nas características demográficas (idade de admissão e ruralidade do concelho de residência), tipo de admissão, tempo de internamento e outcome da hospitalização. Conclusão: Este estudo identificou áreas chave de elevada taxa de internamento hospitalar por cancro da mama e uma tendência crescente nestes internamentos, fornecendo dados sobre a heterogeneidade espacial neste indicador de saúde.
Palavras Chave Cancro da mama, Análise espácio-temporal, Hospitalização, Portugal